16/01/11

Mudam-se os tempos....

O povo sabe sempre dizer não à repressão e à falta de liberdade de expressão.

           Portugal, 25 de Abril de 1974                              Tunisia, 14 de Janeiro de 2011  


Fotografia de Vitor Valente

Outrora eram os panfletos hoje é a internet.
O material publicado no WikiLeaks foram a gota de água contra o poder ditatorial de Ben Ali, numa Tunísia em que a corrupção era incontrolável, os preços dos alimentos galopavam, o desemprego era assustador e a liberdade de expressão acaba por chegar à internet quando o governo bloqueia a divulgação dos telegramas deste site e passaram a perseguir e a prender dissidentes e ativistas das redes sociais.



01/12/10

1º de Dezembro - Dia da Restauração da Independência

Hoje ficou-se em casa, com mais ou menos aconchego, sem o mínimo espírito de comemorar um dia de independência que a maioria dos portugueses nem sabe qual.

Restauração....? Pode ser referente a restaurantes...

Pensando bem, pensando .... há quase um século que estamos a ser papados (1933), mas hoje não se trabalhou, porque este Paízinho, à beira-mar plantado, cansou-se do jugo espanhol e, como tal, deveríamos estar nas ruas a festejar o nosso acto heróico e histórico.

Não terá chegado o momento de sacudir o que nos aperta, engole e sufoca para voltarmos a sair para as ruas porque, finalmente,  voltámos a ser verdadeiramente independentes?

24/10/10

17/10/10

E agora José?

Foto desta plebeia tirada à porta do seu gabinete de funcionária 
que dava para um jardim. Há 6 anos

E agora, José?
         
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas, 
Minas não há mais.
Se você gritasse,

José, e agora?
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Carlos Durmmond de Andrade



09/10/10

Imagine



Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one

1971 - do álbum Imagine

John Lennon faria 70 anos.
Doi a actualidade desta música.

(Eu não violei nada ... nem ninguém Somente segui as instruções do youtube. Já cansa este mundo "democrático" americano, europeu, português. Digam lá de uma vez por todas o que se pode ou não fazer!!!!
Vai link http://www.youtube.com/watch?v=6GAHFrLAxzM )